Túmulo do Barão de Sant'Anna Nery. FOTO: Fábio Augusto, 2019.
O túmulo de Frederico José de Sant'Anna Nery, o Barão de Sant'Anna Nery (1848-1901), está localizado no quadra 02 do Cemitério de São João Batista, também conhecida como Quadra da Santa Casa de Misericórdia, em Manaus.
Frederico José de Sant' Anna Nery, nascido em Belém, então capital da Província do Grão-Pará, em 28 de maio de 1848, foi um dos maiores propagandistas do Império Brasileiro - principalmente da região Amazônica - na Europa. Vivendo seus primeiros anos entre Belém e Manaus, viaja para a França ainda na adolescência, posteriormente estabelecendo nesse país, onde fez os curso de Letras e Ciências. Graduou-se em Direito pela Faculdade de Roma, na Itália. Membro da poderosa família Nery, era filho do Major Silvério Nery e Maria Antony Nery. Foram seus irmãos Silvério José Nery, Constantino Nery e Márcio Nery.
De acordo com o professor e historiador Agnello Bittencourt, em seu Dicionário Amazonense de Biografias (Rio de Janeiro, Editora Conquista, 1973), ele recebeu o título de Barão do Papa Leão XIII (1810-1903) por sua defesa da fé Católica.
Intelectual de renome, foi jornalista, correspondente e membro de várias instituições científicas europeias e brasileiras, preocupado sempre com a divulgação das riquezas, da cultura e dos potenciais do Império. São de sua autoria os livros 'Le pays des Amazones' (1885), 'Folklore Brésilien' (1889), 'Le Bresil en 1889' (1889), 'L' émigration et immigration pendant les dernieres annes' (1892) e "Aux États Unis du Brésil' (1898).
Faleceu em Paris em 03 de junho de 1901. Seus restos mortais foram transladados para Manaus no vapor italiano Colombo, sendo sepultados no Cemitério de São João Batista em 11 de outubro (MENSAGEM DO GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS, Estatística Mortuária, 2° semestre do anno de 1901, 10/07/1902) . Seu túmulo, bastante simples, uma campa tumular com uma cruz em alto relevo, encontra-se bastante deteriorado, sendo impossível ler seu epitáfio.
Frederico José de Sant'Anna Nery (1848-1901). FONTE: Le pays des Amazones (1885)/Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin.
Parabéns pelo trabalho.
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