Planta da cidade de Manaus em 1852.
“Em
1852 a villa da Barra, hoje cidade de Manaus, conservava-se tal qual
devera ter sido em 1832, tendo menos população e número
maior de seus edificios em ruinas. Por um croquis da planta da villa,
que foi traçado a vol d’oiseau por meu sempre lembrado pai –
João Baptista de Figueiredo Tenreiro Aranha, nos primeiros dias do
referido anno de 1852, (...) Era cortada a cidade da Barra (...), ao
Norte pelo igarapé da Castelhana, que desagua no da Cachoeira Grande
e pelo dos Remedios (Aterro), no logar denominado Mocó, cujas aguas
lançam-se no Rio Negro. Este último igarapé dividia o bairro da
República
do dos Remédios.
Ao
Occidente o igarapé da Cachoeira Grande limitava a cidade, e entre
elle e o do Espirito-Santo corriam os igarapés de S. Vicente, cuja
fonte estava situada na extrema occidental da rua da Palma, hoje
denominada Saldanha Marinho; e o da Bica, seu affluente, que nasce na
rua 10 de Julho, ainda não existente nessa epocha, e cujo leito se
estende ao longo do largo da Polvora, formando com o igarapé da
Cachoeira Grande o arrabalde denominado Cornetas e Saco do Alferes.
Abaixo do igarapé de S. Vicente desaguava no Rio Negro um outro que
denominava-se de Seminário, cuja nascente era na rua Brazileira,
tendo sido transformado depois na Praça da Imperatriz. Esses dous
igarapés formavam o bairro de S. Vicente, assim como o do Seminario
e o do Espirito Santo o bairro que tomava deste o nome. O igarapé de
S. Vicente lança-se por duas boccas no Rio Negro e forma a ilha de
S. Vicente, onde se acha installada a enfermaria militar. Também
desagua no mesmo rio o igarapé do Espirito-Santo, cuja nascente
estava próxima do logar onde se acha edificado o theatro.”
(ARANHA,
Bento. Um
Olhar pelo Passado.
Manaus: Inprensa Oficial, 1897)
CRÉDITO DA IMAGEM: manausantiga.blogspot.com
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