Ilustração sobre possíveis efeitos do terremoto no Amazonas em pintura da artista Marlene Costa.
Um terremoto na Amazônia devastou há mais de 300 anos uma grande área na margem esquerda do rio Amazonas, a aproximadamente 45 quilômetros de Manaus, capital do Amazonas. Fortes ondas no rio Amazonas alteraram o sentido da corrente de um de seus afluentes, o rio Urubu, e inundaram aldeias indígenas à semelhança de um tsunami de pequeno porte.
Relatado no diário do padre Samuel Fritz (1654-1725), que atuou na Amazônia durante 40 anos catequizando os índios, o terremoto de 1690 é atestado cientificamente pela primeira vez, com base em estudos sismológicos do pesquisador do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB), Alberto Veloso.
O estudo foi publicado recentemente na revista da Academia Brasileira de Ciências, em versão em inglês.
Em entrevista exclusiva concedida à agência Amazônia Real sobre sua pesquisa, Alberto Veloso diz que, após seus estudos, o terremoto de 1690 já pode ser considerado como o maior do Brasil. Ele estima que a magnitude do terremoto foi de 7 na escala Richter, sendo sentido a mais de mil quilômetros de seu epicentro, localizado na margem esquerda do rio Amazonas, a cerca de 45 quilômetros de Manaus, que na época era um ajuntamento de cabanas cobertas de palhas.
Leiam mais em: Amazônia Real - http://amazoniareal.com.br/pesquisa-atesta-que-terremoto-na-amazonia-em-1690-foi-o-maior-do-brasil/
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