Naylamp, o Deus Pássaro.
Na
região do litoral norte do Peru
nasceu uma civilização conhecida hoje como Mochica.
Ainda
não foi descoberta exatamente a procedência desse povo.
Teorias
acreditam que eles vieram
de alguma civilização da
Centro
América
(territórios
dominados pelos maias e astecas).
Pelo alto conhecimento de navegação eles vieram
em embarcações até
o território hoje conhecido como Lambayeque. Entre eles veio um
jovem príncipe conhecido como Naylamp. Provavelmente
eles eram sobreviventes de uma invasão e massacre de seu povo, e
procuravam
uma nova terra longe dos bárbaros maias ou astecas.
Naylamp
conseguiu fazer crescer o novo povo que o acompanhou
nesse êxodo, e como toda cultura ocidental eles criaram mitos e
lendas
de Deuses e deidades. Naylamp era considerado um ser divino em vida,
e por ser uma divindade não podia mostrar a seu povo seu lado
mortal. Igual
à cultura
Egípcia, ele fez construir um templo (pirâmide) onde ele colocaria
uma imagem de um Deus que
ele trouxe consigo de seu antigo povo.
Com
o passar do tempo, Naylamp envelheceu, e isso poderia causar confusão
nos súditos de seu reinado, pois deuses são imortais. Naylamp,
então, decidiu isolar-se até a morte, mas antes se viu na
necessidade de sumir, mas sem fazer seu povo perder a crença de que
ele era filho dos deuses. Ele, em companhia de seus sacerdotes, foi
para o templo onde descansariam seus restos mortais, e lá pensaram
em criar uma História pra imortalizar ele e a sua descendência.
Depois de muita conversa, decidiram contar a seguinte História: O
príncipe Naylamp subiu para o alto de uma montanha, onde aos olhos
de seus subordinados (sacerdotes) ele se transformou em um pássaro,
e voando falou para eles que continuaria governando e cuidando de seu
povo do céu.
Aqueles
sacerdotes tinham a obrigação de difundir essa história
em todo seu povo e em todos os territórios
vizinhos, nascendo
assim
o primeiro segredo de Estado
da História
americana.
Depois
disso Naylamp se confinou em seu templo onde ele envelheceu e morreu,
sendo enterrado ao lado de seus sacerdotes e pessoas mais próximas.
O enterro dos reis moches era da mesma maneira que dos faraós
egípcios. Os Moches ou Mochicas também acreditavam na vida após a
morte. Por anos muito falou-se sobre Naylamp, o Deus Pássaro que do
céu cuidava e abençoava seu povo. O neto do Deus Pássaro quis
tirar do templo de Naylamp a estátua sagrada dele, e, como
consequência caiu uma maldição sobre o seu povo, com muitos dias
de chuva, criando uma atmosfera de caos e incertezas. O povo, então,
decide castigar aquele neto de Naylamp. Ele foi pego, amarrado e
jogado ao mar, dando assim fim a dinastia de Naylamp.
Miguel Angel Arce Peña é natural do Peru, graduado em Artes Plásticas pela Escola Superior de Belas Artes de Ayacucho - Peru; Pós-graduado em Métodos do Ensino Superior pela UNINTER (Centro Universitário Internacional) - RO; Assistente em Projetos Elétricos pela ULBRA (Universidade Luterana do Brasil) - RO; e atualmente é professor do Centro Universitário do Norte (UNINORTE) em Exatas e Arquitetura.
CRÉDITO DA IMAGEM: literaturadelperu.wikispaces.com
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