Urna funerária marajoara.
FASE PALEOINDÍGENA
A ocupação humana da Amazônia, de acordo com os estudos mais recentes, data de 11.000 a 7.500 anos a. C. Seus primeiros habitantes não possuíam habitação fixa, isto é, eram nômades, e praticavam a coleta de frutos e moluscos, bem como a caça de animais de pequeno porte (diferente dos primeiros povos da América do Norte, que caçavam animais da megafauna - preguiças gigantes, cervos e bisões). Nas regiões do norte do Rio Orenoco, no escudo e na costa da Guiana e no rio Galera, no Mato Grosso, foram encontradas ferramentas de pedra como machados, pontas de lanças e raspadores. Apesar de pontas de lanças terem sido encontradas, a caça de grande porte na região era algo raro.
FASE ARCAICA
A fase arcaica compreende o período que vai de 7.500 a.C. a 1000 a.C., estando caracterizada pela existência de complexos pré-cerâmicos, evidenciando a transição dos grupos coletores para grupos mais complexos que praticavam a agricultura de subsistência. Os sambaquis, depósitos artificiais de conchas, são as principais fontes de informações desse tempo. No sambaqui de Taperinha, em Santarém, no Pará, foram encontrados instrumentos de pedra lascada (machados, moedores e quebradores de grãos), de ossos e alguns exemplares de cerâmica avermelhada com desenhos geométricos. O tamanho dos sambaquis indica o aumento demográfico e o surgimento de grupos humanos que passaram a se fixar em um único local.
FASE DA PRÉ-HISTÓRIA TARDIA
A fase da Pré-História Tardia vai de 1000 a.C. a 1000 d.C. Surgem, à margem dos principais rios da Amazônia, sociedades indígenas bastante complexas em aspectos demográficos, econômicos e políticos. Essas sociedades recebem o nome de cacicados complexos. Por volta do ano 1000 a.C. surgiram as culturas dos construtores de tesos, aterros artificiais inundáveis onde eram erguidas as aldeias. Essas foram sucedidas por sociedades mais desenvolvidas, divididas em hierarquias, apresentando uma cerâmica altamente refinada, cujos maiores exemplos são as encontradas na ilha do Marajó e na região de Santarém.
Vale lembrar que, entre os antropólogos, historiadores e arqueólogos dedicados ao estudo da Pré-História Amazônica, principalmente no que diz respeito ao processo de ocupação humana na região, não existe um consenso sobre esse divisão e suas especificidades, sendo esse um esquema, até o momento, provisório.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
SANTOS, Francisco Jorge dos. História do Amazonas. 1° Ed. Rio de Janeiro: MEMVAVMEM, 2010.
FIGUEIREDO, Aguinaldo Nascimento. História do Amazonas. Manaus: Editora Valer, 2011.
CRÉDITO DA IMAGEM:
www.hak.com.br
Parabéns pelo trabalho!!
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