Obelisco do Primeiro Centenário da Elevação da Vila da Barra do Rio Negro à Categoria de Cidade. Cartão postal de 1971. FONTE: Acervo do Coronel Roberto Mendonça.
O Obelisco do Primeiro Centenário da Elevação da Vila da Barra à categoria de Cidade está localizado no Centro de Manaus, no início da Avenida Eduardo Ribeiro. Foi inaugurado em 24 de outubro de 1948 na administração municipal de Raimundo Chaves Ribeiro, por ocasião do centenário de Elevação da Vila da Barra à categoria de cidade, ocorrida em 24 de outubro de 1848. Sobre sua inauguração, ocorrida às 8:30 da manhã, o Jornal do Comércio registrou que
"Ali, a população confraternizou, rendendo tributo de homenagem a seus dirigentes, que tão fielmente interpretaram seus sentimentos, demorando-se todos na admiração do monumento magnífico, que guardará para as gerações vindouras a lembrança dêste instante glorioso da nossa História" (1).
Foi projetado pelo artista plástico Branco Silva, sendo construído por Tupinambá Nogueira, engenheiro agrônomo. De acordo com a professora Maria Evany do Nascimento esse monumento possui as seguintes características:
"O obelisco, de aproximadamente 4 m de altura, fica em frente à entrada do Porto de Manaus, no limite da av. Eduardo Ribeiro. [...] sob projeto de Branco e Silva, o monumento foi construído por Tupinambá Nogueira e as placas de mármore colocadas pela "A Reformadora Marmoraria". Formalmente apresenta três faces lisas e na face frontal, parte superior, as datas referentes ao centenário. O pedestal de cimento pintado de vermelho possui arabescos nas partes inferior e superior. Nas quatro faces do pedestal encontram-se placas de mármore, onde estão discriminados os nomes que compunham, na época, o Governo do Estado, o Tribunal de Justiça, a Assembleia Legislativa, bem como a Representação Federal" (2).
O formato de obelisco nos remete aos monumentos do Antigo Egito, o que expressa o anseio de se erguer um marco que evocasse de forma simbólica aquele antigo acontecimento. O Obelisco segue em estado de relativo abandono, assim como outros marcos históricos da capital.
NOTAS:
(1) Jornal do Comércio, 26/10/1948.
(2) NASCIMENTO, Maria Evany do. Monumentos Públicos do Centro Histórico de Manaus. Manaus: Editora Valer, 2013, p. 136-137.
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