Planta do bairro de São Francisco, 29/08/1954.
Ainda
paira sobre inúmeros bairros de Manaus a nuvem escura do
esquecimento, das origens incertas, de uma identidade ainda não
forjada ou identificada. As dificuldades são de vários tipos, indo
do acesso às fontes (documentais, orais) até os meios para produzir
e divulgar trabalhos. Não faltam historiadores dispostos a usar suas
penas para dar vida aos resquícios do passado dos bairros da cidade.
No
texto de hoje tentarei apresentar as origens remotas do bairro de São
Francisco. O bairro de São Francisco está localizado na zona
Centro-Sul de Manaus, fazendo limites com os bairros da Cachoeirinha,
ao sul; de Petrópolis, a leste; de Adrianópolis, a oeste; e Aleixo,
a norte. Focarei apenas nas duas primeiras décadas de sua
existência, entre 1950 e 1960.
As
primeiras ruas do bairro de São Francisco começaram a ser abertas
por volta de 1950, sendo os trabalhos concluídos em 1954. Desse
trabalho, que era realizado dia após dia, surgiram 109 ruas e 15
praças, algumas mais tarde incorporadas ao bairro de Petrópolis.
Das primeiras vias públicas, muitas com a nomenclatura alterada há
décadas ou mesmo desaparecidas, podem ser citadas as ruas
Temistocles Trigueiro, General Carneiro, Hamilton Mourão, Waldemar
Pedrosa, Plínio Coelho, Oséas Martins, Arnaldo Péres, Armando
Menezes e Jorge Abrahim. Entre as praças que existiram, a Jovino
Lemos, Oscar Rayol, Jayme Araújo, Coari e Gama e Silva.
Em
1952 o senhor Oscar Meneses foi indenizado em 50.000 cruzeiros por um
terreno que foi aproveitado para a construção do bairro de
Petrópolis. No local foram abertas as ruas Leandro Antony, Praça
Gama e Silva, Coriolano Lindoso, Fausto Maia, Raul Antony e Marques
da Silveira. Nesse mesmo ano é criada a Associação Beneficente dos
Amigos do Bairro de São Francisco (ABABSF).
Nesse
período a população do bairro era estimada em 4.000 habitantes,
existindo cerca de 800 casas. O que surgia ali não era apenas um
bairro, mas um empreendimento, um grande empreendimento, que teve
como autor Alexandre Pereira Montoril (1893-1975). Alexandre Montoril
nasceu na cidade de Assaré, Distrito do Crato, no Ceará, vindo para
Manaus em 1912. De acordo com Archipo Góes, autor de Nunca Mais
Coari: a fuga dos Jurimáguas, Montoril foi prefeito de Coari por
18 anos, em três intervalos de tempo, entre 1932-36, 1936-39, 1939-47 e 1960-1963. Em 1947 foi eleito deputado estadual.
Alexandre Pereira Montoril (1893-1975), o idealizador do bairro de São Francisco. Ano não identificado.
Enquanto
deputado estadual, Montoril decidiu, para dar assistência às
famílias que já moravam no local, formadas por nordestinos e
pessoas vindas do interior do Estado, criar um bairro naquelas terras
afastadas da área urbana. O nome pensado para aquele núcleo seria
Coari, em homenagem à cidade que geriu por décadas, mas um fato
ocorrido em 1951 mudou os planos. O deputado, naquele ano, junto dos
homens da equipe de obras, andava pela mata quando encontrou, deitado
sobre uma cama de varas, um senhor de nome Luís de Sousa, rezador. O
deputado perguntou se ele estava dormindo, no que Sousa respondeu que
estava conversando com São Francisco. Montoril perguntou o que o
santo tinha falado. O rezador disse que, em uma capoeira, seria
erguida uma capela em honra ao orago. Dessa forma, Alexandre Montoril
decidiu batizar o bairro com o nome de São Francisco. Restou da
primeira homenagem o nome da praça onde foi erguida a igreja
primitiva, Praça Coari.
A
História da aparição de São Francisco é um exemplo da forma como
os bairros de Manaus eram fundados no passado, quando a maior parte
da população era Católica, sob a égide da proteção de um santo
ou santa e com uma capela ou paróquia no centro da vida da
comunidade.
Como
estrutura básica, foram construídos um posto policial, um posto
médico e algumas escolas. O posto médico foi inaugurado em 1954,
sendo denominado José Francisco da Gama e Silva, por este ter,
enquanto governador em exercício, doado 10.000 cruzeiros para a sua
construção. Ele foi instalado em uma modesta casa de madeira,
custando o total de 17.000 cruzeiros. As escolas construídas foram a
Raul Antony e Clearco Antony, esta última dirigida pela professora
Francisca Simões do Nascimento. Alexandre Montoril conseguiu 60.000
cruzeiros, verba federal, para a realização dessas obras, também
utilizados na compra de medicamentos, para o pagamento dos
funcionários das escolas e para a compra de madeira utilizada na
construção de casas.
Posto Médico José Francisco da Gama e Silva. Foto de 1954.
A
Igreja de São Francisco, erguida na Praça Coari, recebeu o auxílio
dos padres do bairro de Adrianópolis. Para tal, Montoril recebeu
1.730 cruzeiros de doações dos deputados da Assembleia Legislativa,
valor entregue aos religiosos. Para a região vizinha, Petrópolis,
foi reservada uma área de 1.600m² para a construção da Igreja de
São Pedro Apóstolo, trabalho entregue nas mãos dos padres
Redentoristas, que a concluíram na década de 1960.
O
cemitério do bairro, que seria denominado São Pedro, que não
chegou a ser construído, ficaria entre as ruas Mário Ypiranga, a
norte; Danilo Corrêa, a leste; Oyama Ituassú, a sul; e José
Florêncio, a oeste. A área compreendida media aproximadamente
12.000 m².Em 1955 um grupo de moradores do bairro foi até o Palácio
Rio Negro pedir o estabelecimento de uma linha de ônibus na
comunidade, no que passaram a ser atendidos pelo ‘Radiant’. Por
volta de 1965, na administração de Paulo Pinto Nery, a Prefeitura
deu início à construção do Mercado de São Francisco, que foi
inaugurado em 6 de setembro de 1966, substituindo a antiga feira
improvisada.
Mercado Municipal de São Francisco. Foto de 1967.
Aquele
novo bairro ao norte da Cachoeirinha chamava a atenção de várias
pessoas de outros bairros e que chegavam na cidade. Os amplos
terrenos e a vizinhança eram um atrativo. Nos jornais antigos é
possível encontrar vários anúncios de compra e venda de casas, de
madeira e palha, algumas já com telhas, e de terrenos, todos podendo
ser pagos em leves prestações.
Assim
como outros bairros nascentes entre as décadas de 1950 e 1960, São
Francisco era alvo dos políticos que buscavam votos para eleições
ou reeleições. Membros do PTB, como Gilberto Mestrinho e Plínio
Coelho, realizavam comícios em suas ruas, bem como do PSD, do PST
(1946-1965) e do PSB. Também movimentavam o bairro os campeonatos de
futebol e vôlei organizados pela Associação Esportiva São Paulo e
pelo Grêmio Esportivo São Francisco; as procissões, festas do
Divino Espírito Santo e as festas dadas no ‘Club de São
Francisco’. Em 1961, na administração estadual de Gilberto
Mestrinho, foram inauguradas a Quadra de Esportes Thomé Medeiros; a
Organização Social da Família do Amazonas; e a escola Dom João de
Souza Lima.
Em
1966 as ruas do bairro tiveram os nomes alterados. Através do
Decreto Municipal N° 5, de 26 de janeiro de 1966, ficou estabelecido
o seguinte: Arthur Cézar Ferreira Reis para Coronel Conrado
Niemeyer, Paulo Nery para Cônego Manoel Monteiro, Aderson de Menezes
para Thomaz do Amaral, Francisco Pinheiro para João Dias Vieira,
Jackson Cabral para Manuel Corrêa de Miranda, Anísio Jobim para
Crisanto Jobim, Luiz Marinho para Silval de Moura, Waldemar Cardoso
para Adolfo Lacerda, Paulo Rezende para Dr. Aristides Rocha, Ney
Rayol para Coronel Ferreira de Araújo, Arthur Virgílio para
Rodrigues do Carmo, Dona Raquel para Cel. Basílio Pirro, Zulmar
Bonates para Bernardo Michiles, Francisco Plínio Coelho para José
da Gama e Abreu, Arlindo Porto para Pereira do Rego, Sergio Neto para
Areal Souto, Licurgo Cavalcante para Carneiro da Cunha, Ramayana
Chevalier para Ferreira Sobrinho, Pogy Figueiredo para Cel. Miranda
da Silva Reis, Coriclano Lindoso para Monteiro Peixoto, Leandro
Antony para Antonio dos Passos Miranda, João Crisóstomo para
Ribeiro Guimarães, Walter Rayol para Domingos Monteiro, José
Amâncio para Agesilau Pereira da Silva, Áurelo Melo para Barão de
Maracajú, Plínio Coelho para Clarindo de Queiroz, Cel. Luís Carlos
para Oliveira Dias, Álvaro Sifrônio para Alarico José Furtado,
Cosme Ferreira para Vasconcelos Chaves, Manuel Barbuda para Monteiro
Neto, Cel. Temístocles Trigueiro para Nuno de Melo Cardoso, Waldemar
Pedrosa para Senador Leitão da Cunha. Oseas Martins para Jonas da
Silva, André Araújo para Ayres de Almeida, Ruy Araújo para Joaquim
Tanajura, Álvaro Maia para Valério Botelho de Andrade, Vivaldo Lima
para Negreiros Ferreira, Moacir Rosas para Nilo Guerra, Amaro Lima
para Francisco José Furtado, Antonio Maia para Franco de Sá,
Ferreira da Silva para Maranhão Sobrinho, João Veiga para Paes de
Andrade, Edson Melo para Tito Bittencourt, Xenofonte Antony para
Sátiro Dias, Márcio de Menezes para Guerreiro Antony, Pereira
Júnior para Ernesto Chaves, Fausto Maia para Adelaide Gonçalves,
Gama e Silva para Dr. Almir Pedreira, Wilson Calmon para Dr. Agenor
Magalhães, Samuel Zuani para Barbosa Rodrigues, Walter Zuani para
Pimenta Bueno, Salvador Macedo para Lopes Braga, Geraldo Costa para
Cardoso de Andrade, Arnoldo de Menezes para Francisco Machado, Jovino
Lemos para Gabriel Filgueiras, Nuno Cardoso para Atayde Verona, Luís
Cavalcante para Tinoco Valente e Olenka de Menezes para Custódia
Lima. Permaneceram inalteradas a Virgílio Barros, Arnoldo Peres,
Tomás Meirelles, Gualter Marques Batista, Alfredo Barreto, Araújo
Filho, Cel. Manuel Corrêa, Hamilton Mourão e Nicolau da Silva.
Alexandre
Montoril, além de político, também se arriscava na arte poética.
Aliás, uma das fontes mais interessantes sobre os primeiros anos do
bairro é um longo poema seu intitulado História do bairro de São
Francisco, publicado no Jornal do Comércio em 23 de fevereiro de
1958.
História
do bairro de São Francisco
Eu
quisera ser poeta
De
sublime inspiração,
Ou
trovador repentista
De
grande imaginação,
Que
eu gravaria em disco
A
história de SÃO FRANCISCO,
Sem
temer correr o risco
De
passar decepção.
Foi
no ano de cinquenta
Da
era que vai passando
Que
iniciei esse bairro
Cuja
história estou contando
Sob
o influxo divino,
Em
função do meu destino
Agindo
com muito tino,
No
povo sempre pensando…
O
bairro de SÃO FRANCISCO
É
uma revelação
Do
quanto pode a loucura
Da
minha dedicação
Em
favor de tanta gente,
Para
mim indiferente,
De
política independente
Que
precisava de chão.
Foi
ao norte de Manaus,
Nas
terras da Prefeitura
Que
se travou esta luta
De
ideal e de bravura,
Fortalecendo-me
a crença
De
que naquela área extensa
Coberta
de mata densa,
Fundar
um bairro a altura,
-
O maior dos de Manaus,
O
mais simpático também,
Com
a ZONA DE PETRÓPOLIS
Outro
igual Manaus não tem;
-
Porque a coisa quando é boa
Que
Deus do céu abençoa,
-
A má vontade é a toa
Não
tem valor o desdem…
E
o bairro de SÃO FRANCISCO
É
essa coisa invulgar
Que
o gênio da poesia
Não
me permite cantar;
E
para que não pareça
Que
por isso eu o esqueça
-
Antes que tal aconteça
-
Sua história eu vou contar:
Eu
era então deputado,
Sentindo
as ânsias do povo
Devolvi-lhe
os meus proventos:
-
Construindo um bairro novo.
Mas,
talvez por fatalismo
Eu
cai no ostracismo;
Mas
não renego o civismo,
-
E confio ainda no povo!…
Esse
bairro é um milagre,
Só
a ideia é que foi minha,
E
quem sabe se até isso
De
SÃO FRANCISCO não vinha?!…
-
Pois a minha resistência,
Nessa
obra de paciência,
Demonstra
com evidência,
Que
outra origem não tinha…
São
Francisco apareceu
No
local da sua ermida,
Dizendo
que nesse ponto
Seria
a mesma erigida:
Seu
Luiz um rezador,
Homem
sério sim senhor,
De
moral reconhecida.
Eu
chegava nesse instante,
(Era
um dia de verão)
Quando
ele me contou
Inda
cheio de emoção
A
aparição que viu.
-
Eu senti um arrepio
Não
calor nem frio
-
Mas estranha sensação.
Acreditei
na história
E
disse na mesma hora:
-
Seria Coari o bairro,
Mas
é SÃO FRANCISCO agora;
Deste
então no meu caminho
Não
vi pedra nem espinho,
Não
estava mais sozinho
-
Tinha o Santo por escora…
E
assim o nosso bairro
-
Foi avançando p’ ara Oeste
Té
à rua Paraíba;
E
do lado oposto, a Leste,
Em
Petrópolis, já no fim,
Atingiu
o JAPIIM,
Limitando
o bairro assim,
Com
um areial agreste.
À
Sul a rua Belém,
Onde
o bairro começou,
-
É a divisa mais bonita
Que
SÃO FRANCISCO encontrou;
É
justo que se assinale
Que
a rua COUTO VALE
(Para
que nele se fale)
Com
SÃO JORGE limitou…
Os
seus limites ao Norte,
-
Das nascentes do SEGUNDO
Seguem
de Leste a Oeste,
Como
uma linha de fundo;
As
terras do lado além,
Que
a mesma posição tem
Limitam
o bairro também…
Mas
quase se acaba o mundo…
Também
na parte Sul
Com
a Granja BOM FUTURO,
O
bairro fecha o polígono
-
Num limite mais seguro;
Nesse
ponto o SANATÓRIO
Teve
um gesto meritório
-
Junto e conciliatório,
Colaborando
no “duro”.
O
bairro que foi traçado
Dentro
dum alto critério,
Tem
cem ruas quinze praças,
Foi
trabalho muito sério;
Com
terrenos reservados,
Que
deixei lá demarcados
Para
postos e Mercados,
Cinemas
e cemitério.
Essa
reserva de terras
De
pública utilidade,
Não
tem sido respeitada
Na
sua totalidade:
Porque
então senhor Prefeito,
Que
é um homem de conceito,
Permite
a qualquer sujeito,
Ser
ali autoridade?!…
O
bairro de SÃO FRANCISCO
Tem
uma Sociedade
Que
pode bem dirigi-lo
Com
mais capacidade
E
modo eficiente,
Maneiroso
e paciente
E
de personalidade.
É
preciso que esse bairro
Que
em parte luz já tem,
Seja
visto com carinho
Para
ter água também;
Andei
por lá outro dia
Enaltecendo
o que via,
Mas
seu povo me dizia:
Água
aqui… ainda não tem…
Demos
água a SÃO FRANCISCO
E
transporte eficiente,
E
à ZONA DE PETRÓPOLIS
-
Uma luz resplandecente;
-
Se eu fosso deputado,
Seria
desassombrado
Agindo
por todo lado,
-
Em favor daquela gente…
Outro
dia em SÃO FRANCISCO
Eu
fiquei maravilhado:
Como
aquilo está bonito
E
o seu povo, animado!
-
Gentes que eu não conhecia
Mostravam
sua alegria,
-
Há três anos que eu não ia
P’
ras bandas daquele lado…
Já
que estou fazendo história
Vou
agora esclarecer:
Que
eu deixei o SÃO FRANCISCO
Mas
não posso o esquecer;
-
O tempo pode passar,
-
A vida pode cessar,
-
Tudo pode se acabar…
Mas
o bairro há de viver!…
PETRÓPOLIS
e SÃO FRANCISCO
Ninguém
deve separar;
-
São uma e a mesma coisa
Têm
que juntos caminhar:
-
Na estrada do trabalho,
Quais
flores do mesmo galho,
Ou
gotas do mesmo orvalho,
Sempre
unidos, a marchar…
É
tempo de terminar
Pois
já está chegando a hora
Em
que o Sol vai se deitar
P’
ra acordar com nova aurora.
Encerrando
esta história
Pra
mim uma vitória
Vou
repousar a memória
Porque
a musa foi-se embora…
Alexandre Pereira Montoril. Manaus,
13/02/1958
Essa
foi uma tentativa de apresentar, de forma concisa, as primeiras
décadas de existência do bairro de São Francisco. Muitos elementos
ficaram dispersos na narrativa. Considero que um bom trabalho sobre
as origens históricas de bairros e comunidades, além de estar
assentado sobre fontes documentais, precisa dos relatos orais, dos
depoimentos daqueles que foram testemunhas dos primeiros tempos, que
vieram em ondas migratórias, que fizeram casas e ruas inopinadas,
para que se penetre mais intimamente na trajetória coletiva desses
lugares.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
GÓES,
Archipo. Nunca Mais Coari: a fuga dos Jurimáguas. Coari,
Amazonas, 2016.
MONTEIRO,
Mário Ypiranga. Roteiro Histórico de Manaus. Manaus, Editora
da Universidade do Amazonas, 1998.
FONTES:
Jornal
do Comércio, 07/09/1954
Jornal
do Comércio, 13/02/1958
Jornal
do Comércio, 01/02/1966
Jornal
do Comércio, 14/07/1967
Mensagem
da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, 15/03/1953
Mensagem
da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, 15/03/1954
Mensagem
da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, 1957
Mensagem
da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, 1958
CRÉDITO DAS IMAGENS:
Jornal do Comércio, 07/09/1954
Jornal do Comércio, 14/07/1967
Nilson Montoril - Arambaé. http://montorilaraujo.blogspot.com.br
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