No início do século XX, um dos pontos mais aprazíveis da cidade de Manaus era a Estação dos Bondes, localizada na Praça XV de Novembro, posteriormente renomeada Oswaldo Cruz e popularmente conhecida como Praça da Matriz. Diariamente as pessoas iam e vinham nos bondes elétricos da Manáos Tramways & Light Company Limited, empresa inglesa concessionária dos serviços de iluminação pública e bondes cuja sede ficava na estação. Outras pessoas frequentavam o botequim Bolsa Universal, mais tarde conhecido como Bar Mimosa. Em 1924 foi construído no local um jardim, posteriormente nomeado como Jardim Jaú. Mas nem tudo eram flores. A estação também era palco de vários acidentes de bondes, alguns com vítimas fatais, como o que tirou a vida do pequeno Vicente Loguercia, ocorrido em 17 de novembro de 1911 (JORNAL DO COMMERCIO, 18/11/1911, p. 01).
O local ficou conhecido como Complexo Booth Line pelo fato de funcionar em um de seus prédios a empresa inglesa de navegação Booth Steamship Company Limited. De acordo com o historiador Mário Ypiranga Monteiro, no livro Roteiro Histórico de Manaus (1998), o jardim da estação foi recuperado na administração do Prefeito Manuel Severiano Nunes, e para ele foi transferido o monumento ao Barão de Sant' Anna Nery anteriormente erguido na Praça XV de Novembro (MONTEIRO, 1998, p. 374). Na década de 1970, durante várias obras realizadas na administração do Prefeito Jorge Teixeira, a antiga estação e seu jardim foram destruídos, e a partir do final da década de 1990 os prédios do Complexo Booth Line começaram a deteriorar-se, restando apenas as fachadas atualmente.
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