O artigo a seguir, sobre a reforma religiosa no período Armaniano (Egito, 1352 a.C. - 1336 a.C.), é de autoria da acadêmica de História na Universidade Federal do Amazonas Inara Kézia Gama, que desenvolve pesquisa sobre a reforma espiritual no Egito Faraônico durante o reinado de Akhenaton.
A Estela
Amarniana. Na cena, Akhenaton e Nefertiti com suas três filhas estão
sob os raios do deus sol Aton, uma família reunida sob a benção e
proteção dos raios de Aton. FONTE: National Geographic (PT).
Resumo
O
período Amarniano é a periodização criada pela egiptologia para
se referir aos anos entre 1352 e 1336 a.C., 18ª dinastia do Egito
Faraônico, no contexto do novo império. O termo foi criado também
para contemplar a reforma proposta pelo faraó Amenhotep IV,
posteriormente chamado Akhenaton. Em seu reinado, o faraó
estabeleceu uma reforma religiosa e modificou o panteão egípcio,
nomeando o deus Aton- o disco solar- como o único deus. A
implantação de uma espécie de “monoteísmo” em uma civilização
politeísta é um assunto de enorme controvérsia na egiptologia. Jan
Assmann um dos mais conceituados egiptólogos que aborda a religião
egípcia na contemporaneidade, salienta a importância da reforma de
Amarna: “a redescoberta do rei herético, Akhenaton, que após sua
morte foi submetido a uma completa dammatio
memorie
no Egito, é a mais significativa descoberta da egiptologia”
(ASSMANN, 2013, p.79). As fontes trabalhadas pelo presente projeto
foram traduzidas por Ciro Flamarion Cardoso, que dedicou-se a
pesquisar o período Amarniano. Esta tradução encontra-se na tese
da Gisela Chapot (2015), o próprio Ciro Cardoso cedeu o material
para o desenvolvimento do trabalho da Chapot. Emanuel Araújo no seu
livro
Escrito para a eternidade, a literatura no Egito faraônico
(2000) organizou em seis partes os estilos da literatura no Egito
Antigo e situa o Grande Hino a Aton na Literatura lírica, pois sua
escrita está estreitamente ligado a poemas amorosos, hinos de
vitória militar e religião (ARAÚJO, 2000). O desenvolvimento do
hino de louvor ao deus Aton, expressou uma nova feição do comando
faraônico durante o reinado de Akhenaton, que pretendemos analisar
nessa pesquisa.
Introdução
O
período da reforma de Amarna é um assunto de grande turbulência
entre egiptólogos. A tese monoteísta foi defendida fervorosamente
nos séculos XIX e XX. James Henry Breasted é o acadêmico
imprescindível para o estudo da religião de Amarna, pois foi o
egiptólogo desbravador dos hinos de Aton. Arthur Weigall elaborou a
primeira biografia do monarca:
The Life and Times of Akhnaton, Paraoh of Egypt (1910)
que foi um best-seller de enorme influência na área ao longo do
século XX. Weigall foi o responsável por redescobrir e estabelecer
Akhenaton na era moderna. “O glorioso” Akhenaton segundo Weigall
era um anterior de Jesus Cristo, sua religião constituía uma
“religião tão pura, comparável apenas ao cristianismo”
(1910,
p.53)1.
Com sua pesquisa voltada para a vida de Akhenaton, Weigall afirma:
As lindas doutrinas da religião com
as quais o nome desse faraó é identificado foram produções de
seus últimos dias e até ele ter pelo menos dezessete ou dezoito
anos de idade, nem seu monoteísmo exaltado nem nenhum dos seus
futuros princípios eram realmente aparentes. Algum tempo depois do
oitavo ano de seu reinado, descobriu que ele desenvolveu uma religião
tão pura que deve compará-la com o cristianismo para descobrir suas
falhas, e o leitor verá que a teologia soberana não foi derivada da
sua educação2.
(WEIGALL, 1910, p. 53)
Breasted
e Weigall estabelecem um Akhenaton protocristão, ao relacionarem e
aproximarem a tradição religiosa do Egito antigo com o monoteísmo
judaico-cristão, uma visão que influenciou uma geração
considerável de estudiosos, embora seja problemática e atualmente
combatida na egiptologia. Ciro Flamarion Cardoso fala que essas
comparações entre textos sagrados dos egípcios e cristãos, tinham
como objetivo buscar “um pensamento teológico análogo” (2008,
p. 1). O rico panteão egípcio e a complexidade de suas
manifestações religiosas, difíceis de serem apreendidas fora de
uma chave de entendimento judaico-cristã intensificaram
controvérsias ao longo do século XIX e XX e ainda estão longe de
serem encerradas.
Jan
Assmann salienta as diferenças entre o “monoteísmo” de
Akhenaton do bíblico, o chamado ‘cosmoteista’, mas também
estabelece aproximações, sugerindo até mesmo possíveis
influências do primeiro sobre o segundo. Para o autor, a bíblia
teria se baseado na adoração do
poder
cósmico que se prolifera no sol e estabelecia a ordem universal
através da luz, fonte da vida e do seu movimento diário e
ocasionador do tempo. Assmann caracteriza o monoteísmo de Moisés e
explica como seus seguidores negaram as crenças egípcias e suas
possíveis influências na origem do monoteísmo judaico-cristão,
sendo os egípcios condenados a meros idólatras politeístas.
O
Egito passou a simbolizar o rejeitado, a interpretação religiosa
errônea, o modo de vida “pagão”. (ASSMANN, 1997, p.4).
Rosalie
David demonstra certas semelhanças que não podem passar
despercebidas entre o Grande Hino a Aton e o Salmo 104 do Antigo
Testamento, como a seguinte passagem: “Seus raios sustentam todos
os campos; quando seu brilho forte, eles vivem e crescem para você.
Você marca as estações para nutrir tudo àquilo que fez” (Hino a
Aton) e “Tu produzes feno para os animais e plantas para uso dos
homens; tu fazes sair o pão do seio da terra” (Salmo 104:14).
Ciro
Cardoso afirma que historiadores da religião sugerem outras
possíveis definições para o caso do “monoteísmo” no Egito:
como o henoteísmo,
que
seria a centralização da crença em um único deus em meio a um
cenário politeísta incontestável, permanecendo a crença em
diversos deuses e o kathenoteísmo,
que
significaria
a
centralização da importância do culto a cada deus
independentemente, novamente, sem contestar o politeísmo. Para o
autor, esses são aspectos da monolatria, mas não de monoteísmo
(CARDOSO, 1999, p. 63). No entanto, Erik Hornung afirma: “agora,
pela primeira vez na história, o divino tornou-se uno, sem
multiplicidade complementar; o henoteísmo transformou-se em
monoteísmo” (1983, p. 246). Ou seja, a situação em Amarna escapa
de qualquer tentativa de definição simplista.
Akhenaton
desenvolveu no Egito uma nova visão de mundo, “solarizando” o
panteão, pois a fonte de toda vida passaria a ser originária do
disco solar Aton (CHAPOT, 2015, p. 380)3.
E mais: estabeleceu um grupo que personificaria seu poder- a família
real de Amarna. Seu repertório imagético, leva em conta seu lado
humano, ilustrando a intimidade com sua rainha Nefertiti (que
significa ‘A bela chegou’) e seu lado paterno. O faraó
determinou o louvor ao sol com hinos para o deus e tais poemas
marcaram seu reinado e sua revolução religiosa.
A
cosmovisão de Akhenaton articula um novo contexto sociopolítico ao
elevar seu poder divino ao mesmo tempo em que os aproximou de seus
atributos humanos. Nesse sentido, a figura monárquica passa por um
processo de humanização. A representação da vida privada da
família real era algo incomum na arte egípcia. A famosa “Estela
de Berlim” era utilizada para a veneração doméstica pela elite
de Tell El Armana. Nessa estela, a família esbanja afagos e carícias
incomuns, sentados casualmente sob os raios de Aton, que os ilumina
no alto da cena, algo incomum e excepcional na iconografia do Antigo
Egito.
Emanuel
Araújo explica que as cenas da família podem ser pensadas como
“recurso de propaganda para aproximar o rei e sua família dos
súditos num momento de afirmação da nova teologia, ou também como
apresentação de uma família unida em torno do culto do deus que se
impunha sobre o velho panteão” (1996, p. 24). Portanto, essa
humanização da figura faraônica é um aspecto importante e que
merece uma análise mais aprofundada, pois desmistifica e relativiza
a famosa caracterização do faraó exclusivamente como “rei-deus”,
além de problematizar a tão marcada ideia de “despotismo
oriental”4.
A
bibliografia utilizada no desenvolvimento do projeto demonstra a
complexidade religiosa e literária do Egito faraônico. Weigall e
Assmann enfatizam a semelhança da religião de Akhenaton com o
monoteísmo bíblico, destacando uma possível raiz egípcia na fonte
bíblica. Como já observado nas páginas acima, embora acreditemos
que seja errôneo dizer que existiu um “monoteísmo" no
período Amarniano, não descartamos a possibilidade de uma
influência da experiência egípcia no monoteísmo judaico-cristão
posterior. No entanto, o objetivo da pesquisa é enfocar na
especificidade do período Amarniano, de forma a situar as fontes no
seu período e entendê-las no seu próprio contexto, sem maiores
pretensões de analisar suas possíveis influências no monoteísmo
judaico-cristão, tampouco pretendemos usar nosso instrumental
monoteísta para traduzir a complexidade do momento. Ou seja, a
intenção é investigar o nascimento de uma nova fé e o seu impacto
em uma sociedade político-religiosa, onde a prática pagã
prevalecia. O ‘faraó herege’ tivera um papel fundamental para a
reforma espiritual, trazendo uma renovação na prática religiosa e
grandes impactos na exposição da família real e na arte.
O
presente projeto tem como ênfase demonstrar a relevância de
temáticas ambientadas na Antiguidade na formação da nossa
identidade cultural e na composição do pensamento contemporâneo.
Se por um lado, seu universo mitológico nos causa estranhamento
através de um jogo de alteridade, algumas de suas preocupações e
dos seus valores nos aproximam, como no caso Amarniano, pois ao
enfocar aspectos míticos e religiosos, percebemos as inúmeras
ressonâncias dessas temáticas em nossa própria cultura. Dessa
forma, acreditamos que colaboraremos para despertar o interesse dos
alunos da Universidade Federal do Amazonas pela área de História
Antiga.
Tomaz
Tadeu da Silva (2000) problematiza os conceitos da identidade e
diferença. Explica que a identidade é um processo de produção
simbólica e discursiva, ao afirmar uma identidade, está se negando
outras. A diferença é ‘um produto derivado da identidade’
(SILVA, 2000, p. 73), sendo assim, identidade e diferença
completam-se. O autor afirma que identidade e diferença são frutos
de criação linguística, fazem parte do mundo cultural e social. A
linguagem faz parte desse processo, pois é através da fala que
produzimos a identidade e a diferença. (SILVA, 2000).
A
identidade e diferença são resultados de processos culturais e
sociais, assim, as pluralidades delas são inevitáveis. Não podemos
definir a identidade, já que ela trabalha em conjunto com a
diferença. Seguindo essa lógica, o Grande Hino a Aton, que exprime
a nova religião Amarniana, tem como base os hinos solares de
Amon-Rá. Explicamos ao longo do desenvolvimento do presente projeto,
que o período Amarniano se define e se caracteriza por uma reforma
político-religiosa, onde Akhenaton em sua “nova” religião solar
cultua somente o deus Aton. No entanto, questionamos: apesar da
reforma religiosa, pode-se negar a influência dos processos
religiosos anteriores ao período Amarniano? Com base das leituras
realizadas, é certo que não.
Jan
Assmann (2001) afirma que os hinos solares de Amon-Rá, serviram de
exemplo para os hinos de Aton. Nicolas Grimal (2012) explica que não
há nada de renovação e nem tão pouco uma novidade. Regina Coeli
(2009) na sua dissertação apresenta as aproximações do culto a
Aton aos cultos solares anteriores ao período de Amarna. Gisela
Chapot (2015) na sua tese apresenta o cenário Amarniano como ‘uma
nova visão de mundo’ construída por Akhenaton, que ao lado da
família real Amarniana, apresenta a sociedade egípcia, uma família
reunida que oficializavam os cultos a Aton. Além de seu ofício como
faraó, Akhenaton é representado como esposo e pai, o que destaca
seu lado humano. Chapot apresenta essa família através da
iconografia, em que se percebe o diferencial do período Amarniano em
relação aos períodos anteriores. Até então, um rei se expor ao
lado da sua esposa e suas filhas não era algo comum.
Observa-se
então, que a identidade religiosa Amarniana tem ligações com
identidades religiosas solares anteriores, assim fica claro que a
identidade e diferença trabalham em conjunto na construção e
produção social e cultural.
Cecília
Azevedo (2003) apresenta múltiplas faces da abordagem das
identidades, afirma que devemos identificar as duplas características
em dois princípios: principio da alteridade e principio da
representação ou encenação. As identidades são construídas com
base em acontecimentos, valores, interesses e ideias que projetam as
identidades coletivas (AZEVEDO, 2003, p. 45), ressalta ainda que
“identidade é uma construção social e simbólica dinâmica em
função de sua permeabilidade em face do contexto. Portanto, as
identidades mostram-se móveis porque contingentes.” (AZEVEDO,
2003, p. 43)
Norberto
Luiz Guarinello (2013) aborda a História antiga como tipo de memória
social, que é primordial para o desenvolvimento da identidade
coletiva. Através da memória, as identidades são formadas, por
meios de processos que ao longo dos séculos, percebemos que a
construção da identidade tem espaço nas Ciências Humanas
contemporâneas. “A memória social é, com frequência, um campo
de conflito, no qual diferentes sentidos são conferidos ao passado:
personagens e fatos distintos são valorizados ou rejeitados,
interpretações são contrapostas, silêncios ou rememorações
festivais se confrontam.” (GUARINELLO, Norberto Luiz, 2013, p.9)
A
teologia heliopolitana é praticada desde o Antigo Império
(2686-2181 a.C), os cultos heliopolitanos foram bastantes praticados
no Médio Império (2055-1650 a.C). O Novo Império (1550-1069 a.C.)5
que tem início a partir da 18º dinastia teve como ênfase os cultos
solares, o principal os de Amon-Rá. A solarização na religião
egípcia é o marco na civilização egípcia, que tem suas formas e
significados associados ao mito de criação.
Então,
apesar da reformulação religiosa, acreditamos que o período
Amarniano não fora algo “novo” na religião solar egípcia como
tantas vezes se defende na egiptologia. A solarização já era algo
predominante da religião egípcia, que ao longo dos períodos
dinásticos, ganhou novas características. Akhenaton e Nefertiti
formaram um casal
político, onde apresentaram por meio da arte Amarniana, cenas
íntimas do casal. Nos cultos, realizavam oferendas a Aton que com
seus raios terminados em mãos, abençoava o casal solar. Nas
representações, suas filhas também participam dos cultos-
principalmente Meritaton- em alguns casos, Nefertiti com sua filha
aparecem realizando as oferendas, em outras, Akhenaton e sua filha.
Formam uma família e esse foi o diferencial na imagem da religião
Amarniana associada a uma família ensolarada, isso foi primordial
para o ofício religioso de Amarna.
NOTAS:
1O
autor usa a palavra “doutrina” para se referir à religião
estabelecida por Akhenaton, o que é consideravelmente anacrônico,
já que essa ideia é proveniente do monoteísmo judaico-cristão.
Talvez a intenção do autor fosse enfatizar a base do ensinamento
transmitido pelo faraó, porém acreditamos que “doutrina” não
seja a palavra mais apropriada para tratar desse período Amarniano.
2
Tradução
livre do original do autor: “The
beautiful doctrines of the religion with which this Pharaoh’s name
is identified were productions of his later days; and until he was
at least seventeen or eighteen years of age neither his exalted
monotheism nor any of his future principles were really apparent.
Some time after the eighth year of his reign one finds that he had
evolved a religion so pure that one must compare it with
Christianity in order to discover its faults; and the reader will
presently see that the superb theology was not derived from his
education”.
3
A tese de doutorado de Gisela Chapot
da UFF trabalha a cosmovisão do reinado de Akhenaton, em que se
estabelece a ideia de um deus “solarizado”, propagado pela nova
teologia solar do deus Aton em volta da família real Amarniana.
4Erik
Hornung debate as formas de definição do faraó que predominaram
ao longo do século passado. Durante muito tempo se considerou
apenas a natureza despótica do rei, mas em 1902 Alexandre Moret
começou a especular sobre a divindade do rei, que era fundamental
para o entusiasmo de construções tão monumentais como as feitas
no Egito. A partir dos anos 60 Georges Posener enfatizou o seu
aspecto humano, atrelado ao divino, tendência que tem se
fortalecido desde então. Hornung descarta o ainda tão usado termo
cunhado por Moret de “rei-deus”, conceito que ilustra apenas a
sua faceta divina em detrimento de sua humanidade, e de seu papel
como representante do culto. Cf: HORNUNG, 1994, p. 252.
5
Os anos datados são
utilizados por Emanuel Araújo (2000), que segue a linha cronológica
de Shaw & Nicholson (1996, 310-312). Araújo explica que está
listado apenas o que constavam no texto. Observa-se na cronologia
algumas fases de reinados de faraós que não foram datados. A
cronologia egípcia foi estipulada pelo sacerdote egípcio Maneto
(323-245 a.C) que dividiu em trinta dinastias o reinado dos reis.
Essa cronologia não é totalmente precisa, porém egiptólogos
seguem essa divisão. Há também a trigésima primeira dinastia,
que foi estipulada por um cronógrafo subsequente. De qualquer
forma, o contexto histórico egípcio é baseado nos registros de
Maneto. Em 332 a.C, o rei da Macedônia, Alexandre, o Grande começa
seu reinado no Egito. Consequentemente, o Egito passou a seguir uma
linhagem Greco-macedônica, de origem ptolomaica e tendo como o
general Ptolomeu de Alexandre (posteriormente rei Ptolomeu I) o
descendente dessa linhagem. Cleópatra VII foi a ultima rainha da
linhagem egípcia Greco-macedônica, depois disso o Egito tornou-se
uma província romana em 30 a.C. Assim, deu-se o inicio do Império
Romano, com a linhagem chamada de período Greco-romano. Antes do
Egito se torna um reino unificado em 3100 a.C e do estabelecimento
das dinastias, a população vivia em varias comunidades no Delta e
no decorrer do Nilo. Essas comunidades desenvolveram-se
gradativamente e dividiram-se em dois reinos, um localizado no norte
e outro no sul. Contemporaneamente, esse contexto é conhecido como
período Pré-Dinástico (c. 5000- c. 3100 a.C). (DAVID, 2011).
Inara Kézia Gama, 20, é acadêmica do 7° período do curso de História da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Sua área de pesquisa é a História Antiga, com destaque para o Egito Antigo, com ênfase no resgate da importância da imagem do faraó em torno do sistema político-religioso. Trabalha a identidade cultural, crendo na importância de se esclarecer como o contexto multicultural faz parte da nossa identidade, abrangendo aspectos sociais, políticos, econômicos, linguísticos e religiosos.